segunda-feira, 26 de março de 2012

Capítulo.23

Capítulo.23

(Duarte)
Parecia que ela tinha deixado cair o telemóvel,pois agora só ouvia uma voz grossa que parecia ser de um homem.
-Catarina?!-tentei chamar,mas só ouvi um berro vindo dela,aquilo bastou-se,peguei nas chaves da moto efui ter ao restaurante,onde a tinha deixado.Entrei e ainda lá estava o Tiago,que parecia já ter arranjado outra rapariga,dirigi-me á mesa dele.-Olha sabes da Catarina?-ele sorriu e encolheu os ombros.
-Estava a sentir-se mal e saíu.-revirei os olhos,ainda não percebia como é que a Catarina podia ter saído com alguém tão bronco.
-E vis-te para onde é que ela foi?-perguntei já a perder a paciência.
-Foi por aquela rua e virou á esquerda,parecia um bocado perdida.-disse apontando para uma rua.
-E nem foste ajudá-la?
-Ela é que se quis ir embora.-disse encolhido os ombros,conti-me de dizer alguma coisa e percorri o caminho que ele indicou,continuei a andar,também já estava perdido.
-No que te meteste Catarina...-disse para mim mesmo,olhei á minha volta,não conhecia aquilo portanto decidi voltar atrás e percorrer outro caminho.Continuei a andar um bocado mais depressa mas não fui dar ao restaurante,mas sim a outra rua que também não conhecia.
-Catarina!-tentei chamar,não houve resposta,depois lembrei-me do jardim que ela me tinha falado,continuei a andar agora á procura do parque infantil.Demorou um bocado,mas finalmente encontrei o parque,percorri-o á procura dela.-Catarina.-chamei mais baixo,não queria chamar outra atenções,nada.-Catarina!
-Duarte?-ouvi,sorri,continuei a andar em direcção á sua voz e finalmente fui ter ao parque infantil,vi-a no baloiço,á minha procura,parecia estar a chorar.
-Catarina.-chamei mais uma vez,ela virou-se e sorriu quando me viu,levantou-se,fui ter com ela.-No que te foste meter.-disse a rir,ela sorriu mas desviou a sua cara,estava mesmo a chorar.Fui ter com ela mais rápido,ela sentou-se outra vez.-Estás bem?-perguntei,ela acenou com a cabeça,escondendo a cara.-Tens a certeza?
 (Catarina)

Acenei outra vez com a cabeça,ele sentou-se ao meu lado no outro baloiço e ficámos em silêncio
-O que é que aconteceu?-perguntou,suspirei.
-Espero que não precises de dinheiro.-disse tentando fazer uma piada com toda aquela situação,ele ficou em silêncio.-Tens razão não teve graça.Ainda bem que não tinha o meu telemóvel na minha mala,pelo menos isso.-ele olhou para mim.
-Mas estás bem?
-Sim eu estou bem.-ele levantou-se.-Aonde é que vais?-perguntei preocupada,não queria ficar ali perdida outra vez.
-Não queres ficar aqui pois não?
-Claro que não.-levantei-me também e começámos a percorrer o caminho contrário que ele tinha feito.-Por momentos pensei que não viesses.
-Que estupidês,tinha de vir depois do teu berro.
-Desculpa tudo aquilo que disse,fui uma parva.-ele abanou a cabeça.
-Não tu tinhas razão.-senti um aperto no estômago.
-O que é queres dizer com isso?
-Que eu vou desistir,prometo que não te chateio mais.-disse com um sorriso e continuou a andar á minha frente,senti o aperto outra vez.Respirei fundo,o meu telemóvel começou a vibrar,era a Teresa.
-O que é que se passa?Porque é que telefonas-te a toda a gente?Aonde estás?-perguntou com a voz acelarada,não lhe respondi.-Catarina,estás bem?
-Não-olhei para o Duarte,percebi se ele ia desistir então era a minha vez de insistir,respirei fundo e sorri.-Mas vou ficar.

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