sábado, 5 de julho de 2014

Adeus.

  Adeus.

  Eu não tenho esperanças de que alguém veja este post ou que sequer seja comentado, mas precisava de escrevê-lo,de qualquer das maneiras, para demonstrar que não me esqueci do blog ou de qualquer um de vocês. Caso não saibam, eu sou uma pessoa com muitas inseguranças, muitas delas causadas por várias pessoas externas, para além de mim mesma. Sou muito introvertida e tenho demasiadas dificuldades em abrir-me a pessoas ou em deixar as pessoas conhecerem-me. Tudo isto porque ao longo da minha vida tive pessoas que abusaram da minha confiança e sensibilidade ou que simplesmente me foram desiludindo com o passar do tempo.
  Com isto tudo quero dizer que criei este blog numa altura em que não fazia a mínima ideia do queria fazer comigo mesma. Sentia-me inútil e que não tinha quaisquer qualidades, para além de me sentir bastante confusa e muitas vezes sozinha. Comecei a escrever e rapidamente me apercebi que era isso que queria fazer no futuro. Sei que é um caminho difícil de seguir, mas mesmo que nunca chegue a publicar um livro ou qualquer outro texto, sei que vou sempre continuar a escrever, pois essa tornou-se uma das únicas maneiras com que me posso expressar e realmente ser eu mesma. Quando escrevo, sinto realmente que estou a fazer algo para o qual nasci fazer e que quero mesmo seguir.
  Eu sempre adorei escrever aqui no blog, responder ao vossos comentários e também ver os vossos blogues, mas este ano decidi que tinha de parar de escrever nele, pois tornou-se tudo demasiado para eu conseguir acompanhar. Este ano mudei-me para uma turma nova, onde não conhecia absolutamente ninguém e, para além disso, a minha melhor amiga saíu da minha escola. Tendo em conta que eu sou uma pessoa muito introvertida e tímida foi difícil habituar-me à ideia que já não a ia lá ter na escola a minha comigo e isso deu-me muitas vezes muita ansiedade. Felizmente, criei rapidamente novas amigas que me ajudaram também pelo que tive passar neste ano. Com isso, estou a falar do facto de o meu pai ter sido diagnosticado com cancro de sangue em Janeiro. Tem sido difícil ultrapassar esta fase, ainda por cima, porque os médicos nos informaram que o meu pai vai ter sempre cancro, ou seja, que não o vão poder extrair e que, portanto vai estar constantemente a ser observado medicamente. Ainda é difícil viver com isto, porque nunca saberei se ele vai mesmo ficar bem e saudável, mas fez-me ver como a vida é inesperada e temos mesmo de aproveitá-la. Tenho de admitir que há ainda muitos dias em que só me apetece chorar com tudo isto, mas acho que já aprendi a aproveitar tudo o que tenho de bom na minha vida neste momento e simplesmente a tentar deixar-me a mim mesma ser feliz, que é às vezes uma coisa impossível eu conseguir fazer.
  Não quero que este post fique muito grande e, portanto quero só acabar por dizer que foi por causa de todo o apoio incrível que recebi, por todos os que liam e comentavam os meus capítulos que vou sempre saber qual é a minha paixão, porque,sinceramente, escrever tem sido e  sempre será o meu refúgio para quando tudo na vida é um bocado demasiado forte para mim. Portanto, obrigado por tudo.
  Se me quiserem contactar ou se alguma vez ( e quando digo alguma vez, quero mesmo dizer ALGUMA VEZ)  precisarem de falar com alguém podem falar comigo através do meu tumblr : http://theonewithcsl.tumblr.com/

Obrigado por tudo e vou sempre voltar aqui,
 Beijinhos

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

plot twist



 Cheguei à conclusão que tenho medo de escrever. Que outra explicação pode haver para o que sinto quando estou à frente de uma folha em branco? Exactamente, nenhuma. Tudo o que tinha acumulado na minha  cabeça, todas as frases, palavras e vírgulas desaparecem quando chega o momento de passá-las a tinta e fico só com um nó no estômago e uma vontade de voltar aos dias em que me sabia expressar.
  De repente parece fiquei sem fala. Toda aquela emoção de começar a escrever, de sentir faíscas nos dedos e acompanhar as emoções das histórias que escrevia  desaparece e é substituída por um pânico e ansiedade inexplicável. Lembro-me de mil e uma coisas que tenho a fazer e escrever torna-se momentaneamente secundário e substituível, o que nunca me tinha acontecido. Escrever costumava ser a minha forma de escapar às coisas que não verbalizar e também uma maneira  de fugir a tudo o que me parecia ser vital. Agora, escrever tornou-se uma obrigação, como se tivesse de provar a alguém que ainda o consigo fazer.



Dito isto, vou publicar um novo capítulo hoje ;)

sábado, 26 de outubro de 2013

** Capítulo.28 **

Capítulo.28




 Fechei a minha mão num punho para não hesitar ou parecer que estava nervoso. Suspirei e fechei também os olhos baixando a cabeça. Sentia a atenção da Margarida posta em mim.Não me apetecia falar nem ter de me despedir. Queria congelar aquele momento e não ter de viver com a memória de ela ir-se embora sem eu puder fazer nada.
 -Eu tenho de me ir embora. - disse com a voz baixa.Abri os olhos e olhei para ela. Não sei porquê tinha a sensação que não seria a última vez que a ia ver. Era impossível aquela ser a última vez que eu iria ver aqueles olhos verdes e o seu cabelo incontrolável.
-Eu sei.-respondi suspirando. Ela,porém não se mexeu. Ficou ali,a olhar para mim com a mesma expressão com que eu devia estar.
-Não sei porquê,mas não consigo deixar de pensar que esta não é a última vez que te vou ver.-afirmou.Olhei para ela com um sorriso a formar-se a boca.Ela desviou o olhar com um sorriso discreto na cara.
-Adeus.- disse. Ela passou a mão pelo meu braço,parando na minha mão e sorriu-me.
-Até daqui a uns tempos.
Suspirei ao vê-la virar as costas. Era tão ou mais difícil como eu tinha imaginado.Fiquei sem saber para onde ir ou que fazer,fiquei ali apenas a vê-la subir as escadas rolantes. Quando chegou ao cimo virou-se e olhou para mim uma última vez.
-Vou ficar á espera.-suspirei.

                                                         ***

    26-10-2017

  Fiquei a olhar para as escadas rolantes sem ainda poder acreditar no que ia fazer.Respirei fundo e avancei num passo compassado,sendo quase arrastado pela multidão,até ás escadas rolantes.Numa mão tinha o bilhete de avião e na outra tinha a minha carta de admissão da Universidade de Londres, para a qual ia naquele momento.
 Enquanto subia as escadas rolantes lembrei-me da última vez que ali tinha estado.Tinha ido despedir-me de uma antiga namorada minha,a Margarida.Aliás,não tinha sido minha namorada, mas eu  pensava sempre nela dessa maneira. Era a única maneira que gostava de pensar nela,como a minha antiga namorada,porque o resto que diziam sobre ela não me interessava.
 Lembrava-me desse dia perfeitamente. Estava a chover e eu sentia como se fosse o última da minha vida. E durante vários meses foi como se o meu mundo tivesse mesmo acabado,mas como acontece sempre o tempo passou e com ele foram também os sentimentos. Era estranho estar naquele momento a pensar nela,há já muito tempo que não me lembrava dela...
                                               



Já sabem o discurso: espero que tenham gostado e não se esqueçam de dar a vossa opinião nos comentários ;DD 

Um texto muito sentimental

 Este,como qualquer outro texto escrito por um aluno de humanidades, vai ser uma desculpa para não estudar literatura. Acima de tudo não me apetece ler e reler textos e teses sobre a época medieval ou sobre a diferença entre as cantigas de amigo e as cantigas de amor. Não quero que textos não literários que falam sobre literatura me espalmem na cara que eu não sei absolutamente nada sobre tudo. Porque não interessa saber como a Kate Middleton e o Princípe William se conheceram em comparação com citações de Sócrates que marcaram a diferença para a definição de literatura.
 Como o nosso professor nos lembra tão atenciosamente nós não sabemos absolutamente nada. Claro que tem razão, porque nós temos uma cultura geral fraca,mas sempre que diz isso faz-me sentir como ao John Watson em comparação ao Sherlock Holmes. E,obviamente só me faz perder a vontade toda que tinha de estudar literatura.Portanto aqui vai a minha desculpa para não estudar literatura.

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Well... the fuck??

 Thanks everyone ;D
Eu não gosto muito de estar a dizer coisas muito foleiras e queridas portanto vou-me ficar por agradecer a todos,especialmente áqueles que ainda me seguem apesar de ter publicado menos :)