quarta-feira, 30 de maio de 2012

Capítulo.45

Capítulo.45


Levantei-me da mesa ainda a sorrir "Que reviravolta" pensei abanando a cabeça,sabendo que tinha feito a coisa certa,afinal porquê continuarmos chateadas?Provavelmente nunca mais a ia ver outra vez mas mesmo assim sentia-me muito melhor.Sentei-me outra vez ao lado do Duarte,ele sorriu.
-Melhor?-perguntou,revirei os olhos ainda a sorrir,ele riu-se.Reparei que a Sofia se estava a levantar.
-Vais a algum lado?-perguntei,ela revirou os olhos e olhou sem dar muito nas vistas para a Teresa,suspirei,embora concordasse com a Teresa já estava um bocado cansada de as ver a discutir.-Eu vou contigo,tenho umas coisas para arrumar.-levantei-me e segui-a.-Então ainda estão chateadas?
-perguntei,ela encolheu os ombros indiferente,mas notava-se que já estava cansada de discutir com a irmã.
-Já lhe passa.-disse,engoli em seco,tinha prometido a mim mesma que não ia dizer nada sobre o assunto,mas afinal eu era amiga da Sofia e se fosse eu a estar na sua situação gostava de saber a opinião das outras pessoas,mas claro que eu nunca faria nada tão precipitado como ela."Fica-te calada." ordenei,com um grande esforço não respondi.-E tu o que é que achas?-perguntou-me,arregalei os olhos "Tinha de ser...isto só a mim." pensei.
-Hum...bem,hum.-disse sem saber bem se deveria mesmo dizer a verdade,suspirei.-Sofia tens a certeza que é a melhor coisa a fazer?Não é um bocado precipitado?-perguntei,ela sorriu.
-Já sabia que ias dizer isso.-respondeu,"Bem então bem me podias ter salvado a vergonha e não ter perguntado nada" pensei chateada.-Não esperava que vocês compreendessem.-disse,enruguei a testa,ela encolheu os ombros.-Afinal é um bocado cedo.-disse,arqueei as sobrancelhas "Um bocado cedo é pouco..." pensei,ela riu-se como se tivesse lido os meus pensamentos.-Mas eu sei que estou a fazer a coisa certa.-disse,mordi o lábia,ser a coisa certa não era suficiente para o que eles estavam prestes a fazer.
-Só porque ele vai sair do país não quer dizer que se tenham de se precipitar desse forma quer dizer,casar.
-Eu sei.-disse agora a sorrir imenso,franzi o sobrolho,suspirei,por agora não ia tocar mais no assunto mas não podia esperar muito mais tempo,para mim só porque ele ia sair do país não era uma razão suficientemente importante e que chegasse para casar.
Ela abriu a porta e eu segui-a,ela meteu-se na casa de banho a recolher as suas coisas,eu baixei-me e apanhei do chão o meu pijama,subitamente senti um cheiro horrível,torci o nariz.
-Credo,que é isto?-perguntei tentando não respirar,meti a mão por baixo da minha cama e tirei de lá o saco que há uns dias tinha lá escondido da Teresa,para ela não descobrir que eu sabia do seu problema,tapei o nariz com a mão "Como é eu me esqueci?" pensei,mas fazia sentido,nunca passei tempo quase nenhum na cabana,ou estava com a Teresa,a Ana e a Sofia ou com o Duarte.
-Credo que cheiro é esse?-perguntou a Sofia da casa de banho.
-Nada,já vou deitar fora.-disse,abri a porta e pus o saco dentro do contentor que havia perto da cabana,entrei finalmente a respirar na cabana,a Sofia parecia ter recolhido tudo.
-Já reparaste nalgum aspecto da Teresa,que bem..hum-disse sem saber bem o que dizer,afinal ela irmão dela,devia saber ao que estava a falar,elas deviam comer juntas,pelo menos uma delas.
-O que é que queres dizer?-perguntou fechando a sua mala,mordi o lábio,não devia saber ao que me estava a referir.Abanei a cabeça.
-Nada esquece.-disse,ela franziu o sobrolho mas acabou por encolher os ombros "Mais uma coisa para tentar resolver" pensei,peguei também na minha mala e saímos as duas da cabana.A Sofia olhou para o telemóvel.
-Estão á nossa espera na saída.-disse e começou a andar,virei-me para a cabana e sorri fazendo uma espécie de despedida silenciosa,abanei a cabeça e continuei a andar,até passar pela parede do bar,ao lado da praia,onde eu me lembrava de ter começado a namorar com o Duarte,tinha levado um murro da Rita,e onde o Duarte me tinha dado o frasco,sorri com estas memórias.Senti uma sensação de vazio,abanei a cabeça,se começasse a chorar nunca mais ia conseguir parar.Continuei a andar até chegar á entrada do acampamento,onde já haviam vários carros para irem buscar as pessoas ao acampamento,suspirei e olhei para o sítio onde já há muito tempo há muito tempo a Joana,a Carlota e a Margarida me tinham deixado,sorri por muito que não quisesse voltar ia ser bom vê-las.Segui a Sofia até ao sítio onde os outros estavam,a Teresa continuava amuada mas pelo menos escondia um bocado fazendo uns sorrisinhos nada típicos da Teresa,ri-me como ia sentir falta daquilo.Aproximei-me deles com um nó na garganta,mal pousei a mala no chão a Ana tirou-me logo uma foto,ri-me.Atrás de mim ouvi uma buzina,devia ser a mãe da Sofia e da Teresa,Era uma senhora muito parecida com a Sofia,com o cabelo escuro com olhos azuis.Senti a Teresa a abraçar-ma,arqueei as sobrancelhas,a Teresa não era muito de abraços,ou de qualquer forma de afecto,mas sorri e abracei-a também.Quando me largou parecia estar a chorar,mas despediu-se das outras pessoas de cara baixa.
-Toma,está aqui a minha morada e o número do telefone lá de casa.Telefona sempre,não quero perder o contacto!-exclamou,sorri e guardei o papel no bolsa.
-Nem que falemos todos os dias.-disse a sorrir,ela soluçou e riu.
-Adeus.-disse e corricou até entrar no lugar frente,sorri e olhei para frente,olhei para a Sofia que estava a despedir-se do Francisco,desviei a cabeça desconfortável.Vi a Ana a aproximar-se de mim e a tirar-me uma foto só para gozar,baixou a máquina e abraçou-me,ri-me.
-Eu depois mando-te uma mensagem com a morada,telefone,tudo,temos mesmo de combinar alguma coisa.-disse a sorrir.
-Como é que vais para casa?-perguntei,ela sorriu.
-De camioneta.
-Acho que o Luís também vai.-disse,ela sorriu ainda mais.
-Eu sei.-ri-me.
-Ok já percebi.-disse.
-Com alguma sorte...-disse,fiz um meio sorriso
-Com alguma sorte.-confirmei,ela sorriu e acenou-me afastando-se.O Luís hesitou em aproximar-se,mas sorriu e acenou-me de longe.
-Adeus.-despediu-se,sorri.-Bem se quiseres a morada a Teresa pode dar-ta.
-Ok,adeus.-disse franzindo o sobrolho "Um bocado estranho" pensei,mas encolhi os ombros,atrás de mim a mãe da Sofia buzinou outra vez,a Sofia lá se despediu do Francisco e aproximou-se de mim a sorrir.
-Bem tu já tens a morada.-disse,e sorriu,abanou a cabeça e abraçou-me.-Vou ter saudades.
-Eu também.-disse a sorrir,ela suspirou.
-Bem até daqui uns dias.-disse acenando-me,sorri-lhe e olhei para o carro enquanto se afastava.Senti o Duarte a sorrir,revirei os olhos e olhei para ele.
-O que é?-perguntei,ele encolheu os ombros e passou-me um capacete.-Vais-me dar boleia?
-Claro que sim.-respondeu a sorrir,mordi o lábio não tinha muita confiança em motos.Aproximei-me da moto e hesitei,tinha um medo da cair!Lá pus o capacete e sentei-me atrás dele.
-Vê lá se não cais.-gozou,franzi os olhos.
-Tens muita piada.-disse,preparei-me para o pior,mas quando começou a andar fiquei surpreendida porque
até me sentia segura a andar de moto com ele
-Melhor que pensava.-disse,ouviu-o a rir-se.

Continua...

Bem espero que tenham gostado,amanhã devo publicar o próximo,desculpem o atraso mas ontem estive um bocado ocupada e não pude vir aqui,mas espero que tenham gostado e por favor não se esqueçam de comentar é muito importante :)

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